Chamam-lhe Bairro das Palmeiras.
É fácil perceber porquê, afinal de contas há uma no meio da rotunda. Já está um bocado velha, provavelmente morta, mas aguenta-se ali, estóica, sempre de pé.
A sul, uma casa de frangos, a noroeste uma florista, e mais nada. Prédios.
Serôdio e Marília conheceram-se ali ainda não havia rotunda, mas havia duas palmeiras. O seu amor cresceu com elas.
Um dia um camião do lixo espetou-se pela rotunda dentro e matou uma das palmeiras.
O amor de Serôdio e Marília também morreu.
Mas aguenta-se, estóico.
FIM.
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